Portugal tem estado a afastar-se da média europeia no que respeita à disponibilização de serviços públicos online de acordo com um estudo realizado pela CapGemini.
O estudo confirma que a evolução dos serviços online em Portugal aumentou em 2004 mas o nosso país tem vindo a afastar-se da média europeia depois de, em 2001, ter apresentado resultados acima da média europeia (51 por cento em nível de sofisticação face aos 45 por cento da média europeia, e 32 por cento em total de disponibilidade dos serviços em oposição aos 20 por cento da Europa dos 15, Noruega, Islândia e Suíça).
Os resultados deste ano demonstram que Portugal atingiu os 68 por cento em nível de sofisticação face aos 72 pro cento obtidos pela UE15+3.
A total disponibilidade em termos comparativos já apresenta uma variação menor, de apenas 7 por cento (Portugal tem 40 por cento e a média Europeia tem 47 por cento).
O estudo deste ano confirma a tendência identificada nos anos anteriores, em que os serviços públicos disponíveis na internet dirigidos às empresas apresentam um maior desenvolvimento face aos que se destinam aos cidadãos.
Para além da entrega das declarações de IVA e IRC por via electrónica, o registo de empresas também já pode ser feito parcialmente através da Internet.
Nos serviços destinados aos cidadãos, a maioria apenas permite a consulta de informações online sobre procedimentos e a impressão dos formulários, não existindo ainda a possibilidade de completar o processo por via electrónica.
A emissão de certificados, ofertas de emprego e IRS são alguns dos serviços destinados a cidadãos que já estão completamente disponíveis on-line, não sendo necessária a deslocação da pessoa ao serviço.
O estudo examinou 14 mil sites em 28 países: os 25 Estados-membros, a Noruega, a Islândia e a Suíça. A Suécia é o país mais avançado no que respeita aos serviços públicos online, com a Áustria num segundo lugar muito próximo.