Estudo revela abrandamento do e-Government na Europa

A Cap Gemini Ernst & Young (CGE&Y) acaba de lançar os resultados do seu quarto estudo sobre a utilização de Serviços Públicos Electrónicos na Europa.

O relatório, encomendado pela Comissão Europeia, analisa o progresso da Europa no que concerne ao fornecimento de serviços públicos básicos on-line prestados aos cidadãos bem como às empresas, nos 15 países membros da União Europeia, e ainda na Noruega, Islândia e Suiça.

Este estudo revela que embora a adopção do e-Government continue a crescer, o ritmo desse crescimento abrandou entre 2002 e 2003. Nesse período, o nível de sofisticação on-line aumentou 7 por cento, estando actualmente nos 67 por cento, contrariamente aos 60 por cento de 2002 e aos 45 por cento de 2001. De entre todos os países analisados, destaca-se a Áustria que registou o maior progresso, entre 2002 e 2003.

Em 2003 o progresso do número de serviços públicos disponíveis on-line foi tal que este deixou de ser o indicador principal do estudo tendo sido introduzido um novo indicador: o número de serviços integralmente disponíveis on-line. Tendo em conta este indicador, pela análise do progresso na Europa, verifica-se que 45 por cento dos serviços estão integralmente disponíveis on-line. Lideram nesta área, a Alemanha, a Áustria e a Suiça.

Antes de 2002, só a Alemanha, a Suécia, a Irlanda e a Finlândia demonstraram progressos no sentido de disponibilizar serviços on-line com interacção nos dois sentidos. Actualmente, quase todos os países observados apresentam um nível médio de sofisticação on-line dos serviços públicos a progredir da interacção num único sentido (do governo para os utilizadores), para a interacção nos dois sentidos.

Mais uma vez, registou-se em quase todos os países um crescimento nos serviços on-line orientados para as empresas superior ao verificado nos serviços on-line orientados para o cidadão. Os serviços para empresas alcançaram uma pontuação total de 79 por cento para a sofisticação on-line, sendo que 63 por cento estão integralmente disponíveis on-line.

Os serviços para os cidadãos ficam nos 58 por cento de sofisticação on-line, sendo que 32 por cento estão integralmente disponíveis on-line. Mas tanto para os cidadãos como para as empresas, os serviços que permitem a cobrança de impostos têm maior nível de sofisticação que aqueles em que o governo fornece um serviço ao cidadão (p.ex. licenças, registos).

“Decididamente, os países europeus continuam a fazer um bom progresso no e-Government. No entanto, no que se refere aos serviços integralmente disponíveis on–line, o quadro é ainda um pouco pessimista. A Comissão Europeia irá encorajar os estados membros a aumentar o número de serviços públicos disponíveis on-line, particularmente, os destinados aos cidadãos.”, de acordo com Stan Cozon, Líder Global da CGE&Y para o Sector Público.