Tal significa que os valores cobrados tanto se podem posicionar muito abaixo da média como muito acima, conclui um estudo comparativo realizado pelo Instituto das Comunicações de Portugal (ICP).
Esta constatação sustenta a necessidade de, brevemente, se proceder a um rebalanceamento tarifário dos preços destes circuitos, no sentido de introduzir um maior equilíbrio no mercado.
Os circuitos alugados correspondem, grosso modo, à oferta de capacidade suportada numa rede de telecomunicações, alugada por um operador a outros em complemento da rede destes últimos. Estes circuitos possuem distâncias variáveis, medidas em quilómetros, podem ser digitais ou analógicos e possuem capacidades diversas. São utilizados, por exemplo, para a transmissão de dados ou para a oferta de acessos dedicados de Internet.
Desagregando os circuitos por capacidade, constata-se que os preços dos circuitos alugados analógicos de curta distância e digitais de menor capacidade são, de um modo geral, mais baratos em Portugal do que no resto da Europa. Em contrapartida, no que respeita a alguns dos circuitos digitais de maior capacidade a relação inverte-se e os preços praticados pela PT Comunicações são mais elevados do que os dos restantes operadores históricos europeus.
Também nos preços de instalação se observam diferenças: no caso dos circuitos nacionais de menor capacidade os preços praticados em Portugal estão abaixo da média da UE; no caso dos circuitos de 2Mbps e de 34Mbps os preços praticados pela PT Comunicações são mais caros.
No que respeita aos circuitos internacionais, constata-se que os valores cobrados pelo operador histórico português estão abaixo da média europeia nos casos de circuitos digitais de 64 Kbps e 2 Mbps, e acima no caso dos circuitos analógicos.